sábado, 26 de setembro de 2009

REELEIÇÃO NA OAB?


Recebi a imagem ao lado de um colega advogado que se diz contra a reeleição na OAB e contra a existência de "dirigentes profissionais".
Confesso que, especificamente em relação à presidência da OAB catarinense, sou contra a reeleição.
Infelizmente, na CAASC e na OAB/SC a reeleição virou regra, quase um "direito adquirido".
Os ex-presidentes Jefferson Kravchychym e Adriano Zanotto somaram três mandatos consecutivos. Na seqüência, Paulo Borba pretende igualar a marca de seus antecessores, pois é candidato à reeleição, para acumular 9 (nove) anos consecutivos de presidência.
Estes longos projetos de poder têm um preço. Para dar-lhes sustentação, nossos dirigentes se preocupam - e se ocupam - demais com alianças políticas, com o preenchimento de vagas do Quinto Constitucional  por amigos e parentes e com a realização de eventos com fins evidentemente eleitoreiros (que em anos de eleições ganham progressão geométrica).
Estes extensos períodos de mandato trazem como conseqüência tudo aquilo que precisa ser mudado: abrem-se espaços para projetos pessoais e político-partidários; subserviência ao Tribunal de Justiça e ao Governador do Estado (para reduzir a lista sêxtupla a um só nome); campanhas eleitorais milionárias; falta de transparência em relação às contas da instituição (somente um reduzido grupo, que se reveza no poder, sabe como é gasto o valor da nossa anuidade), etc.
Por todos estes motivos, sou CONTRA A REELEIÇÃO na OAB/SC. Somente voto em quem assume publicamente, sob o peso do dever de lealdade e boa-fé que deve nortear a relação entre advogados, o compromisso de não se candidatar a reeleição.

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